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Pedra do Retiro, Petrópolis, RJ


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Talvez por ter nascido e sido criada numa cidade do interior, minha paixão e respeito pela natureza me acompanham em todos os momentos. Preciso do verde para que meus dias sejam melhores.

Caminhar por entre as matas e pelas trilhas por aí é uma grande paixão.

Iniciamos a caminhada pela Pedra do Retiro num dia ensolarado de novembro após uma véspera atribulada e cansativa e uma noite mal dormida. Subestimamos a Pedra do Retiro e terminamos o dia exaustos.

Existem alguns caminhos para subir a Pedra. Um deles é pelo bairro Retiro (mais íngreme e mais curto). O que pegamos foi o do bairro Mosela (mais longo e menos cansativo), pela Toca do Coelho. Ônibus pára bem em frente ao caminho de acesso à Toca. Subindo a estradinha, dá pra parar um carro ou dois com boa vontade.

A primeira subida é bastante cansativa e depois encontramos outras chatinhas pela frente.

Fomos seguindo o Guia de Trilhas de Petrópolis, do montanhista Waldyr Neto. Sem ele, não dá pra chegar sozinho. Então, quem não tem um amigo que conheça o caminho, melhor comprar o Guia de Trilhas de Petrópolis e seguí-lo muito bem.

A trilha é um pouco confusa no início, depois da primeira subida íngreme, pois tem vários caminhos falsos pelo mato, geralmente abertos por cavalos. Precisa ter atenção.

Ela começa em mato mais fechado e tem somente alguns trechos mais abertos.  

Ficamos procurando uma pedra descrita no Guia que  e acabamos achando que erramos o caminho. Voltamos um pedação e constatamos que o caminho estava correto, a pedra é que estava mais longe do que esperávamos. Encontrando essa pedra, o restante da subida foi mais tranquilo.

O calor estava insuportável. E o sol quente nos deixou bastante cansados. Chegamos a pensar em desistir e voltar outro dia por causa do calorão. Mas insistimos e não nos arrependemos.

Um bom pedaço da trilha se faz pela crista da montanha com uma vista privilegiada. É realmente animador.

Depois a trilha entra novamente pelo mato um pouco mais e encontramos um trepa-pedra e uma subida bastante chatinha por degraus cavados na pedra pela água.

Quase chegando no cume nos deparamos com uma nuvem cinza escura, parecia nuvem de chuva e tivemos medo. O tempo fechou completamente. Mais uma vez consideramos voltar. Esse é o risco de subir montanhas no verão. Além, é claro, do risco de raios e trombas dágua repentinas pegando a gente em locais difíceis.

Para quem gosta de acampar, antes de chegar no cume tem um platô excelente para montar a barraca. Muitos amigos acampam lá regularmente.

Cuidado pois no cume principal da Pedra do Retiro não tem água, que se consegue somente no Retiro Mirim. Um cume que fica logo ao lado, mas precisa caminhar um pouco até chegar à água.

No caminho para o Retiro Mirim existe também uma gruta, que infelizmente não visitamos dessa vez.

Como já estávamos cansados e o sol estava tremendamente quente, não fomos no Retiro Mirim. Subimos direto para o cume principal e lá ficamos namorando a paisagem e a tranquilidade do local.
Uma vista linda e interessante.

Na época que fomos, encontramos “jardins” inteiros de uma orquídea muito pequena e aparentemente frágil chamada Pingo de Ouro. Ficamos impressionados com a força dessa flor em vencer a ventania que corre lá em cima.

Precisa estar atento aos barulhos no mato e olhar bastante por onde anda. Por duas vezes escutamos “barulho de cobra” se arrastando pelo mato ao nosso lado. Mas, elas na delas e nós na nossa, tudo ficou bem.

A sensação de liberdade e de paz é o melhor desses lugares. É como se ali, um pouquinho mais longe da civilização, a gente conseguisse um pouco mais de discernimento e clareza mental.

Tenho pouquíssima experiência em montanha, mas minha paixão por elas é antiga. Tenho meu próprio rítmo e caminho com cuidado, com prazer e em paz.

A Pedra do Retiro é um pouco exigente, mas compensa cada pedacinho.


Visualizar Pedra do Retiro, Petrópolis, RJ em um mapa maior

Apaixonada por viagens, natureza, lugares lindos e interessantes e por fotografia. Viajei pouco até hoje, mas curti cada viagem e tirei delas o melhor que pude. Viajar e fotografia são paixões de infância! Criei esse blog para compartilhar minhas experiências durante minhas viagens e trilhas feitas com meu marido. Trocando informações, todo mundo se ajuda! :)

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