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Centro Cívico de Bariloche

Bariloche, Argentina. E tinha neve no paraíso!


Centro Cívico de Bariloche

Centro Cívico de Bariloche

San Carlos de Bariloche é um destino muito conhecido dos brasileiros. Tanto que ganhou o apelido de “Brasiloche”. É verdade! Há muitos brasileiros por lá, seja como turistas, seja trabalhando com turismo, alguns que se apaixonaram pela cidade… muitos de nós por lá. Isso é ruim? Não exatamente. É bom? Também não exatamente. Ao longo do artigo, me explico.
Mas começo justificando o título do artigo: sim, tinha neve no paraíso. Bariloche é um charme. Muitos restaurantes bons, muitas lojas de chocolate, cidade limpa, pessoas educadas e em todo lugar, paisagens incríveis. O paraíso dos lagos, montanhas e natureza. Além, claro, da neve que aparece nos meses de inverno! Fomos em setembro depois de uma temporada fraca de neve. Achamos que veríamos pouquíssima e que ver nevar ficaria no sonho. Mas, não foi bem assim. :)

O imponente lago Nahuel Huapi banha a cidade com suas águas azuis.

Lago Nahuel Huapi, Bariloche

Lago Nahuel Huapi visto do Centro Cívico de Bariloche


Esse post servirá também como índice para todos os nossos artigos sobre essa viagem. Nele você encontrará links para os outros posts à medida que eles forem publicados.

Para informações diversas sobre a cidade e para acompanhar o tempo através de câmeras ao vivo veja mais um site sobre Bariloche.

A novela
Em 2010 planejamos e compramos a viagem para Bariloche. Pesquisei muito, vi milhares de fotos e fiquei inquieta esperando a hora da viagem chegar. Mas era só para um ano depois, quando eu já teria passado por uma cirurgia que estava no meu caminho. Então tá, esperamos. Eu, ansiosa ao extremo, contava os dias. Cirurgia feita em janeiro de 2011, problemas. Ahh… droga! Mas insisti e mantive a data de 20 de junho de 2011. Duas semanas antes da viagem o Cordón Caulle no Chile resolveu dar o ar de sua graça e o vulcão Puyehue começou a mandar muita cinza para Bariloche e vizinhanças. Fecharam o aeroporto, a cidade fez o possível para se limpar, mas o vulcãozinho não dava moleza. As cinzas não paravam de chegar. E agora? Estudei possibilidades. Uma delas era ir de avião até Buenos Aires e encarar de lá cerca 20h de ônibus até Bariloche. Ou, ir até Esquel de avião e de lá, 5h de ônibus até Bariloche. Eu doente, dor… ônibus ia me matar. Finalmente, desisti. Remarcamos para setembro do mesmo ano e minha saúde só deteriorava. Fim de agosto soube que havia outra cirurgia no meu caminho, dessa vez mais complicada. Médicos desaconselharam a viagem e eu, com medo, com dor, desisti. Chorei um dia inteiro pela cirurgia e pela viagem. Passou. Remarcamos então para um ano depois. Saúde muito melhor, astral também. Nova data era 09 de setembro de 2012. Ela chegou e nós viajamos! :)
Essa foi uma viagem com gostinho de vitória. Minha, pessoal!

Pôr do Sol no centro da cidade

Pôr do Sol no centro da cidade


Viajamos num domingo cedinho com Aerolíneas Argentinas. Conexão no Aeroparque em Buenos Aires, chegando em Bariloche por volta das 16h. Tudo ok, nenhum atraso. Pegamos um taxi do aeroporto até o hotel Nahuel Huapi e como não tínhamos pesos suficientes (a casa de câmbio do Aeroparque estava fechada) pagamos em real, mas a conversão do taxista saiu cara.

Ainda se via vestígios de cinza vulcânica em alguns locais, mas nada que atrapalhasse a beleza da região.

A rua principal da cidade para os turistas é a Mitre. Lá tem de tudo: lojas de roupas, óticas, lojas de chocolates, câmbio, aluguel de roupas, aluguel de carros, agências de viagem, restaurante, mercado… tudo. Nas transversais e na Moreno também se encontram lojas e restaurantes à la carte ou tipo “tenedor libre” (você paga um valor e come o quanto quiser). A cidade é pequena e a pé a gente percorre tudo isso sem problema. Tudo pertinho.

Calle Mitre, onde está a maior parte do comércio

Calle Mitre, onde está a maior parte do comércio


Me pareceu também uma cidade bastante segura. Saímos à noite, andamos por varios lugares carregando mochilas sem problema nenhum.

Qual moeda levar?
Antes de viajar informe-se sobre o que vale mais a pena. Quando fomos, valia mais trocar dólar por peso do que real, que estava um pouco desvalorizado. Em Bariloche você acha várias casas de câmbio e, dependendo, consegue também trocar em lojas e restaurantes com boa taxa de conversão. Existem outros locais não oficiais para troca, se você preferir. No comércio o real e o dólar são bem aceitos, mas nos parques a entrada é só em pesos em espécie. Em Villa La Angostura e San Martín também se encontram casa de câmbio.

Um tiquinho de história
Os primeiros habitantes de Bariloche foram os Mapuches e até hoje a cidade conserva nomes e traços dos Mapuches. Bariloche significa “povo da montanha”. A cidade está localizada em uma área próxima à Cordilheira dos Andes e tem como principal atividade o turismo. Tem aeroporto e uma estrutura turística excelente. Muitas lojas, muitos restaurantes, muitos passeios e diversão para todos os gostos.

Centro Cívico de Bariloche e suas construções de madeira e pedra

Centro Cívico de Bariloche e suas construções de madeira e pedra


Roupas
Isso vai depender muito da época que você escolher para visitar a cidade. Em setembro ainda faz bastante frio por lá. Pegamos dias de 8ºC e dias de 0ºC e abaixo disso nos cerros. Itens que não podem faltar: segunda pele (calça e blusa), camisa de dry fit (secagem rápida), fleece (que lá eles chamam polar) e um casaco impermeável. Além de, é claro, gorros, luvas, botas impermeáveis, meias quentes de tecidos sintéticos para evitar que o suor dos pés congele nas meias de algodão e o seu pé congele junto. Dê uma olhada no nosso post sobre como se vestir na neve.

Muita roupa para aguentar o frio e o vento na montanha

Muita roupa para aguentar o frio e o vento na montanha


Essas foram nossas roupas e sapatos do dia a dia. Enquanto na montanha, com neve, venta muito e o casaco impermeável / corta-vento é indispensável. Nós usamos jeans com a segunda pele por baixo, mas não podíamos sentar na neve. Por lá você encontra tudo isso para comprar ou alugar. Só compramos mesmo uma luva impermeável pois não esquiamos. Para os esquiadores é imprescindível a vestimenta própria. Na época em que viajamos para lá, valia mais a pena alugar pois os preços em Bariloche estavam bem altos. Procure preços e preste bastante atenção na qualidade das roupas de aluguel. Um furinho e a neve entra gelando tudo.

Chocolates
A rua Mitre está repleta de lojas de chocolate. Você pode comprar por quilo, em caixas prontas, bombons, alfajores e as mais diversas opções. Estão presentes lojas como Mamuschka, Chocolate Del Turista, Abuela Goye, Rapa Nui, Frantom, Torres, Bonifacio. São tantas que a gente se perde. Compramos poucos chocolates só mesmo para experimentar pois o preço é bem salgado. Experimentamos também o fondue para viagem do Mamuschka com morango e banana mas achamos bem enjoativo. O chocolate quente deles, no entanto, é maravilhoso.

Fondue para viagem do Mamuschka. Enjoativo.

Fondue para viagem do Mamuschka. Enjoativo.


Transporte
Abaixo em nosso roteiro você vai ver os meios de transporte que usamos para cada passeio. Mas, no geral, andar de ônibus pela cidade é bem tranquilo. Dependendo da época e horários, os coletivos andam cheios. Geralmente não aceitam dinheiro, você tem que comprar créditos antes de embarcar. Numa loja da empresa de ônibus no centro da cidade você compra um cartão com quantos créditos você quiser. No ônibus para o Cerro Catedral não é necessário cartão, mas precisa comprar tickets. Achamos taxi caro por lá. Outra opção são os remises, carros sem taximetro que você combina antes o valor dos passeios com o motorista. Geralmente vale a pena para quem vai com família grande ou com amigos.

Bariloche no verão?
Bariloche também tem alta temporada de verão em janeiro/ fevereiro quando faz muito calor por lá com temperaturas de até 35ºC, favorecendo as atividades de aventura na água, como o rafting e afins. As águas dos lagos, no entanto, continuam frias, mas os turistas não perdem a oportunidade de curtir os muitos lagos da região.

Alimentação
Comida boa em Bariloche é o que não falta. São vários restaurantes para os mais variados bolsos e gostos.
Nós só jantávamos. Primeiro porque durante o dia estávamos nos passeios ou correndo de um lado para outro, o que raramente nos permitia sentar e comer tranquilamente. No dia que chegamos fomos no mercado e compramos itens para sanduíche, coisas simples como pão de forma, queijo e salame. Todo dia antes de sair do hotel montávamos nossos sanduíches que funcionavam como almoço. Em alguns passeios almoçamos, comemos empanadas, tortas e etc. No mercado compramos também água, biscoitos e refrigerantes. Maneira prática de economizar alguns trocados. A comida por lá geralmente não é mais cara que no Brasil, mas a bebida é. Veja aqui nossa lista de restaurantes em Bariloche.

Fondue de queijo. Uma das especialidades da cidade

Fondue de queijo. Uma das especialidades da cidade


Nosso roteiro resumido:
Chegamos com sol, deixamos as tralhas no hotel e fomos tirar fotos no Centro Cívico. Muitas pessoas, famílias passando ali o fim de domingo. O Lago Nahuel Huapi com as montanhas nevadas ao fundo é lindo! Muitas fotos e fomos procurar uma luva impermeável pela principal rua da cidade, a Calle Mitre. Como era domingo, algumas lojas estavam fechadas, mas tinha muita coisa aberta. Rodamos para lá e para cá vendo preços e há boas diferenças entre as lojas. Finalmente optamos por uma e pagamos em real com boa taxa de conversão. O troco vem sempre em peso argentino. Nosso jantar foi no La Marmite, na Calle Mitre.

Segunda feira
Amanheceu nublado, mas sem chuva. Corremos na Mitre e alugamos um carro com a empresa Correntoso. Pessoal atencioso, tudo ok. Para dirigir na Argentina você só precisa da sua habilitação brasileira. “Engolimos” umas empanadas do mercado e partimos com nosso Gol alugado para o Cerro Catedral, um dos melhores centros de ski da América do Sul. Nossa primeira preocupação era ver neve e como o ano não tinha sido muito bom de neve, não perdemos tempo. O jantar foi no restaurante Família Weiss, na cidade.

Uma das muitas pistas de ski do Cerro Catedral. Foto tirada a partir do Refúgio Lynch, Cerro Catedral.

Uma das muitas pistas de ski do Cerro Catedral. Foto tirada a partir do Refúgio Lynch, Cerro Catedral.


Terça feira
O dia amanheceu chuvoso mas pegamos a estrada assim mesmo e fomos fazer a Ruta de Los Siete Lagos. Tempo carregado, choveu em várias partes do trajeto mas mesmo assim, tudo muito lindo.

Arroyo Ruca Malen. Ruta de los Siete Lagos. Villa La Angostura, Argentina

Arroyo Ruca Malen. Ruta de los Siete Lagos. Villa La Angostura, Argentina


Passamos em Villa La Angostura e visitamos o Cerro Bayo (centro de ski de Angostura). Lindo, embora vazio. Somente alguns esquiadores ainda se arriscavam com o final da temporada.

Esquiadores e snowboarders no Cerro Bayo, Villa La Angostura

Esquiadores e snowboarders no Cerro Bayo, Villa La Angostura


Seguimos para San Martín de Los Andes e chegando lá fomos procurar hotel para o pernoite. Nos hospedamos no Hotel Del Viejo Esquiador. Por indicação da moça do hotel, jantamos no restaurante Doña Quela, bem perto.

Lago Lacar com a cidade de San Martín de Los Andes ao fundo

Lago Lacar com a cidade de San Martín de Los Andes ao fundo


Quarta feira
Com o tempo ruim resolvemos sair de San Martín direto para Bariloche por Rinconada. Ótima estrada com lindas paisagens. Veja nosso relato sobre essa viagem de San Martín a Bariloche por Rinconada.

Trecho da estrada de onde se pode ver o Vulcão Lanín

Trecho da estrada de onde se pode ver o Vulcão Lanín

Catedral Nuestra Señora del Nahuel Huapi, Bariloche. Argentina

Catedral de Bariloche

Chegamos e fomos andar um pouco à beira do Nahuel Huapi e conhecer a Catedral Nuestra Señora del Nahuel Huapi, de onde também se tem uma bela vista para o lago e para as montanhas nevadas.

Vi que a previsão do tempo para o dia seguinte estava melhor e adiantamos o passeio ao Tronador.
Jantamos novamente no La Marmite.

Quinta feira
Dia amanheceu ruim, foi ficando mais firme e o sol até apareceu algumas vezes. Adoramos o passeio até o Tronador. É realmente lindo e inspirador! Do início do trajeto até o destino não existe lugar feio. Por onde olhamos vimos beleza.

À noite resolvemos experimentar o famoso cordeiro patagônico no também famoso Boliche de Alberto Parrilla. Não gostamos.

Cerro Tronador ao fundo com o Ventisquero Negro e o lago de degelo

Cerro Tronador ao fundo com o Ventisquero Negro e o lago de degelo


Sexta feira
A sexta veio feia, carregada. Mas não tinha jeito… fomos fazer o Circuito Chico. Equanto estávamos no Cerro Campanário, começou a chuva, que tirou a graça do passeio. Após o circuito Chico, o guia nos deixou perto de Puerto Pañuelo para almoçarmos. Humm… almoçamos empanadas! Restaurante pequeno com várias opções, inclusive sopas e pratos mais demorados. Fomos para o passeio de barco e dá-lhe chuva!!! Uma friaaaca molhada. Nem assim tirou a graça da Isla Victoria e do Bosque de Arrayanes (que inspirou Walt Disney a criar a floresta de Bambi).
Voltamos do passeio e pegamos o ônibus 20 da cia 3 de Mayo em frente ao Llao Llao. Aqui vale a dica: se contratar com uma agência o Circuito Chico e depois o lacustre, você pode economizar no transporte de ida para Puerto Pañuelo. É só pedir ao guia para te deixar ali na entrada pois o fim do circuito já é mesmo ali.

Bosque de Arrayanes que inspirou Walt Disney

Bosque de Arrayanes que inspirou Walt Disney


À noite jantamos num restaurante pequeno de massas que um dos guias havia indicado chamado Girula.

Nesse dia tive um dos vários encontros desagradáveis com nossos compatriotas. Fiquei muito irritada com um grupo de brasileiros da terceira idade que chegava (ou saía, não sei) do nosso hotel às 06h da manhã. Uma gritaria horrorosa, gente conversando na porta do nosso quarto, gente batendo portas e uma falta total de respeito por quem estava dormindo, querendo descansar. Já havia lido sobre o assunto e tenho que concordar que MUITAS vezes o brasileiro faz vergonha no exterior.

Sábado
Adivinha? Chuva. muita chuva. Plano era ir para El Bolsón visitar a feira de artesanato e fazer talvez uma trilha por lá, mas desanimamos. Fomos de busum para o Catedral novamente. Um frio danado e por isso achamos que podia nevar. Chegando lá a temperatura estava perto dos 3 graus. No Mamuschka do Cerro Catedral tomamos o melhor chocolate quente que experimentamos em Bariloche. Queríamos subir a Amancay, já que tínhamos ido a Lynch, mas estava fechada por conta dos ventos. Lanchamos no pequeno shopping ali do Catedral, fizemos hora e, de repente, nevou! Mas a chuva lavava a neve toda que caía. A neve foi embora, a chuva continuou, pegamos o ônibus e voltamos para a cidade.
Paramos no Museu do Chocolate que é no caminho, mas só pudemos visitar o museu mesmo pois a produção de chocolate estava parada porque era sábado. A fábrica só funciona de segunda à sexta.

Peças do Museu do Chocolate

Peças do Museu do Chocolate


À noite jantamos no Boliche de Alberto Pastas, bem melhor que o de Parrillha.

Domingo
Acordamos desanimados com a chuva insistente, mas mesmo assim resolvemos conhecer o Cerro Otto. Parei no quiosque do Cerro Otto ali na Mitre e perguntei se valia a pena ir mesmo com chuva. O cara disse que estava ruço lá em cima e sem vista, mas que tinha nevado à noite…. resolvemos ir. Que bom, pois chegamos lá e estava nevando. Tudo branquinho, neve caindo. Coisa linda.

A neve no Cerro Otto deixou tudo lindo

A neve no Cerro Otto deixou tudo lindo


Passamos o dia por lá. Almoçamos na confeitaria giratória e aproveitamos bastante a neve. O dia até abriu um pouco em alguns momentos, revelando a paisagem incrível no entorno do Cerro Otto. Valeu! Chegamos no hotel sem fome e resolvemos experimentar a tábua de defumados do Familia Weiss.

Segunda-feira, dia de ir embora. E… chovia. Fomos comprar lembrancinhas. Tudo caro demais. Roupas, sapatos, chocolates… caro também. Um dos guias me disse que a Argentina estava toda cara, era geral naquele momento. Comemos um fondue de chocolate do Mamuschka e pronto. Aeroporto, casa.

Considerações e dicas gerais:

Na rua Mitre compramos um chip de celular na loja da Movistar. Você não paga nada pelo chip e só precisa de seu passaporte para pegá-lo. Os créditos se compra em uma outra lojinha bem perto. É só perguntar. Compramos AR$ 20 em créditos, que não precisamos usar. O chip fica registrado em seu nome e se o seu telefone for desbloqueado, não vai ter problema nenhum. Mas reserve um tempinho para o processo, perdemos quase duas horas na loja. Achamos importante para quem aluga carro, vai que precisa falar com a seguradora, né?

Fomos e voltamos com Aerolíneas Argentinas. Tudo na mais perfeita ordem e vôos pontuais. Pessoal simpático e atencioso. Tudo em paz. No retorno de Buenos Aires a tripulação fez até uma brincadeira com o pessoal e quem tinha uma barrinha de cereais para doar para o Comandante podia conhecer a cabine. Rimos bastante. :)

O povo é educado tanto quanto o brasileiro. No aeroporto de Buenos Aires e em Bariloche e cidades vizinhas que visitamos não encontramos problemas. No comércio atendem bem, procuram interagir e ajudam também a ultrapassar a barreira do idioma. Muitos deles se esforçam para entender o português. Meu conselho é que a gente também se esforce com o espanhol. Ou pelo menos com o ‘portunhol’. :)

Por ser temporada baixa pensamos que encontraríamos a cidade mais vazia, mas tinha muita gente. Grupos de adolescentes aos montes, todos vestidos iguais (fazem sua viagem de fim de curso para Bariloche, é tradição e a cidade recebe anualmente cerca de 120.000 deles). Muitos brasileiros também. A grande maioria de nós, infelizmente faz vergonha. Somos escandalosos, mal educados e achamos que por sermos a maioria dos turistas por lá, todos têm que deitar no chão para pisarmos em cima. Fiquei triste com o comportamento infantil, imbecil, mal educado e egoísta de muitos de nós. Parecíamos bandos de adolescentes descontrolados, querendo aparecer a qualquer custo. Interagir com a cultura local, respeitar as pessoas e ser educado faz parte do aprendizado nas viagens. Encontramos alguns brasileiros bacanas e tranquilos também, ufa! :)

O idioma não é problema. Quem não fala nada, se vira bem. Em todo lugar eles se esforçam para facilitar a comunicação. Dúvidas por lá? Pergunte. Todo mundo tenta ajudar. Como eu queria desenferrujar meu espanhol, abusei da boa vontade deles e falei tudo o que eu sabia. Eles sempre muito pacientes e me ajudando quando a coisa enrolava. Soubemos que o governo local oferece curso de português para o pessoal que trabalha com turismo por lá. A ordem é conhecer o português mas responder em espanhol o máximo possível para não privar o turista da experiência de ter contato com o idioma.

A maioria dos locais aceita U$ e R$. Em alguns casos vale a pena e usamos bastante essa opção. Nas casas de câmbio o dólar estava valendo P$ 4,6 e no paralelo P$ 5,9. Em Villa La Angostura trocamos por P$ 6,0 na casa de câmbio Andina. Não sei quanto está valendo o real na casa de câmbio, mas nas lojas e no paralelo, P$ 2,3 ou P$ 2,5.

Bariloche é essencialmente natureza, o que é um problema quando o tempo não ajuda, mas as agências não cancelam passeios por conta de chuvas.

Os cães da raça São Bernardo estão em todo lugar e os donos cobram para você tirar uma foto com eles. Com a câmera deles geralmente cobravam cerca de P$ 40 em 2012. Com a sua própria câmera fica mais barato. Alguns donos só deixam fazer carinho nos bichos se você for comprar a foto. :( São lindos!

Muitos São Bernardos para fotos

Muitos São Bernardos para fotos


Ficamos hospedados no hotel Nahuel Huapi, Calle Moreno. Muito bom, central, ótimo ponto.

Nos planos estavam El Bolson e alguns atrativos de lá como o Bosque Tallado ou Cabeça de Índio, mas a chuva nos fez desanimar.

Pensamos também em fazer outro lacustre (Puerto Blest) e talvez o Cerro Leones. É, a culpa foi do mau tempo. Desistimos desses também.

A região é toda encantadora e a diversão é garantida para qualquer idade.

Veja aqui outros artigos sobre Bariloche e arredores. Cada lugar que visitamos tem um post específico, além de muitas dicas:
Sessenta dicas rápidas sobre Bariloche e região
Como se vestir na neve
Roteiro de 4 dias em Bariloche
Circuito Chico e Cerro Campanário, Bariloche
Hotel del Viejo Esquiador, San Martín de los Andes
Hotel Nahuel Huapi, Bariloche
Domingo de neve no Cerro Otto, Bariloche
Onde comer (ou não) em Bariloche e San Martín
Cerro Catedral, o centro de esqui mais importante do hemisfério sul
Isla Victoria e Bosque de Arrayanes
Rota dos Sete Lagos, de Bariloche a San Martín de Los Andes
Cerro Tronador e Ventisquero Negro
De San Martín de Los Andes a Bariloche por Rinconada

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Apaixonada por viagens, natureza, lugares lindos e interessantes e por fotografia. Viajei pouco até hoje, mas curti cada viagem e tirei delas o melhor que pude. Viajar e fotografia são paixões de infância! Criei esse blog para compartilhar minhas experiências durante minhas viagens e trilhas feitas com meu marido. Trocando informações, todo mundo se ajuda! :)

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