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Sítio Arqueológico de Pisaq

Valle Sagrado de Los Incas – Parte I: Pisaq


O Valle Sagrado de los Incas é uma área grande que abrange o território que vai desde Pisaq até a cidade de Ollantaytambo, passando por Urubamba e Moray.

Há várias maneiras de conhecer o Vale Sagrado. Você pode alugar um carro, contratar um taxi ou, a opção mais barata e como fizemos, ir com uma agência. Você também pode ir de ônibus fazendo baldeação entre as cidades do Vale Sagrado. Mas aí, vai precisar de mais de um dia para percorrer o vale.

Como eu sempre falo, passeio com agência sai mais em conta, mas fica longe do ideal para quem gosta de liberdade e de fazer seu próprio tempo.

Nosso passeio foi contratado com a agência Peru Golden Treks & Expeditions. Mas no ônibus havia turistas de várias agências. Saímos da Praça Regozijo, de onde saem todos os passeios de agência.

Primeira parada, feirinha em Corao, Cusco. Tinha que ser uma parada comercial, né? Ganhamos um chá de muña (erva mentolata que também ajuda a aliviar os sintomas do soroche) sem açúcar. Dica: leve açúcar na bolsa. Tudo muito lindo, mas muito caro também.

Cerâmica vendida na feirinha em Corao, Cusco

Cerâmica vendida na feirinha em Corao, Cusco


O que mais se vê na região são mulheres vestidas à caráter. Ora com uma lhama adulta ou filhote, ora trabalhando tecidos. Estão por toda parte e não podem ouvir o clique da câmera que pedem logo uma “propina”. :)

Elas estão por toda parte e sempre pedem uma "propina" pela foto

Elas estão por toda parte e sempre pedem uma “propina” pela foto


Continuamos mais um pouco até a parada clássica, num mirante com boa vista para uma parte do Vale Sagrado e o Rio Willcamayo, que em alguns trechos se chama Urubamba e em outros, Vilcanota.

Vista do mirante do Vale Sagrado, Peru

Vista do mirante do Vale Sagrado, Peru


Pisaq

Após a paradinha para fotografar o vale, partimos para mais uma parada comercial. Dessa vez, numa loja de prata em Pisaq. Lá, o guia e um funcionário da loja explicam o processo de preparação da prata e confecção das peças. A prata do Vale Sagrado é das mais puras. Não entendo nada de prata, mas achei as peças com bom preço. Algumas pessoas viajam ao Peru para comprar prata e revender no Brasil. A grana estava super-hiper-contadissima e não compramos nada. Muitos anéis, colares, braceletes e algumas peças interessantes. Mas perdemos lá um tempo precioso, que nos fez muita falta em Pisaq.

Guerreiro de prata da loja em Pisaq

Guerreiro de prata da loja em Pisaq


Na loja há banheiros, mas não há papel. Leve o seu.

Em Pisaq você pode visitar o mercado, que é uma grande feira com produtos da região e acontece todos os domingos, terças e quintas. É a maior da região e dizem que os preços são muito bons. Passamos em Pisaq numa segunda-feira e não visitamos a feira. Na hora de contratar o passeio, verifique se passam no mercado.

Deixamos a loja em direção ao sítio arqueológico de Pisaq para visitar as primeiras ruínas do dia. O caminho é realmente lindo. Um zigue-zague em meio às montanhas, um show da natureza. A paisagem tranquila do caminho me fez imaginar quantas vezes eu teria parado para fotografar se estivéssemos de carro. Mas de ônibus nossa parada foi só nas ruínas mesmo.

Estrada do Vale Sagrado que leva ao sítio arqueológico de Pisaq

Estrada do Vale Sagrado que leva ao sítio arqueológico de Pisaq


Pisaq é um sítio arqueológico muito interessante. Infelizmente chegamos lá com o sol muito alto e as fotos não ficaram lá essas coisas, mas é um lugar para se perder muito mais do que os 20 minutos livres que o guia nos deu. Primeiro paramos e ele contou um pouco da história do local. Acredita-se que Pisaq foi construída para proteger a cidade de Cusco. Mas além disso, em Pisaq se realizavam outras duas coisas importantíssimas para ao povo Quechua: cerimônias e observação astronômica.

Sítio Arqueológico de Pisaq

Sítio Arqueológico de Pisaq


Andamos mais e paramos num local onde ele nos mostrou muitos buracos na montanha. De acordo com o guia, a montanha atrás do sítio era uma espécie de cemitério e muitas múmias foram tiradas de lá. Como as pessoas eram enterradas com seus pertences pessoais, os espanhóis destruíram muitas covas e roubaram os pentences

Os buraquinhos na montanha eram túmulos, de onde foram tiradas muitas múmias.

Os buraquinhos na montanha eram túmulos, de onde foram tiradas muitas múmias.


O sítio é bem grande e, além das ruínas, há várias trilhas. Depois da explicação do guia, pegamos uma trilha e seguimos um pouco por ela. A vista é muito bonita. As meninas foram na frente e logo após passarmos o túnel, eu e Marcos resolvemos voltar pois o sol estava muito forte e ele já estava passando mal nesse dia. Infelzimente o guia já estava chamando para partir e não nos sobrou tempo para explorar as ruínas. Como nos separamos das meninas, perguntamos ao guia se elas haviam voltado e, para nosso desespero, descobrimos que não. Foi um tormento. A trilha que pegamos não vai para as ruínas, ela segue até a cidade ou retorna para a entrada do parque. O guia gritava por elas e não obtínhamos resposta. Ficamos lá esperando e eu com minha lente tele com bom zoom, observava todo mundo que apontava na montanha. Nada! Até que o guia desistiu. Não dava mais para nos esperar. Nos aconselhou a esperar um pouco mais e caso elas não aparecessem, pegar um taxi até a cidade e procurar por elas. Imagina só, duas adolescentes perdidas por lá, sozinha e nós com a grana apertada… nessas horas a cabeca dá nó. Marcos estava tão nervoso e preocupado que nem falava direito.

Início da trilha da perdição. :P

Início da trilha da perdição. :P


Retornamos e no caminho o guia pediu que uma guarda-parque contactasse pelo rádio um outro guarda-parque que fica na trilha. O guarda-parque da trilha achava que havia visto as meninas. Estavam na companhia de um rapaz. Medo! Mas estavam retornando para a entrada do parque.

Bem, seguimos até o ônibus, pegamos todas as mochilas e tralhas e descemos para esperar por elas. Até que o guia gritou: “olha lá, olha lá, são elas?” Gritou o nome de uma delas e responderam acenando com os braços. UFFFFFAAAAAA!!!! QUE ALÍVIOOO!

Voltamos para o ônibus e pegamos as meninas mais abaixo, na entrada. Felizmente o rapaz que estava com elas era um peruano gente boa que estava no mesmo ônibus que nós. Ele as viu perdidas na trilha e acompanhou-as até a entrada.

Com isso, atrasamos o passeio, coisa que detestamos fazer. Mas as meninas estavam bem. Claro que o episódio não poderia passar incólume e o guia passou um sabão enorme no rapaz (por ter se atrasado) e no Marcos, como pai.

Lá embaixo a trilha de retorno ao início do parque, por onde as meninas passaram

Lá embaixo a trilha de retorno ao início do parque, por onde as meninas passaram


Minha dica aqui é: cuidado! Há muitas trilhas em todos os sítios e antes de seguir por qualquer uma delas, informe-se para onde ela vai. A trilha à esquerda no sítio de Pisaq não chega nas ruínas principais, mas passa por outras ao longo do caminho. De acordo com a meninas, a trilha é muito bonita mas muito perigosa em alguns trechos que são super escorregadios e muito apertados entre montanha e despenhadeiro.

Parte das ruinás de Pisaq

Parte das ruinás de Pisaq


Pisaq vale muito mais do que 20, 40, ou 60 minutos. É um sítio extenso, com muitos terraços e trilhas pelas montanhas. Vale a penar perder, pelo menos, meio dia por lá.

Na entrada do sítio você precisa comprar o ticket ou apresentar seu boleto turístico. Ao lado da bilheteria há um local onde se pode comprar água, gatorade, biscoitos e artesanato. Há banheiros.

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Apaixonada por viagens, natureza, lugares lindos e interessantes e por fotografia. Viajei pouco até hoje, mas curti cada viagem e tirei delas o melhor que pude. Viajar e fotografia são paixões de infância! Criei esse blog para compartilhar minhas experiências durante minhas viagens e trilhas feitas com meu marido. Trocando informações, todo mundo se ajuda! :)

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