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Caminhar na natureza alegra a alma e beneficia o corpo!

Andar na natureza faz você ficar mais esperto


Fuçando online tropecei em um artigo que explica sobre uma pesquisa feita há uns anos atrás por neurocientistas ambientais da Universidade de Utah e da Universidade do Kansas. Achei curioso e continuei lendo. No artigo eles garantem que caminhar na natureza não melhora só a saúde da gente não. A coisa vai bem mais além. É, o contato com a natureza faz com que a gente fique mais esperto.

Não dá nem para ficar surpreso com essa afirmação. Somos seres integrados com a natureza. Ou pelo menos deveríamos ser. Somos parte dela e ela de nós. Então acho óbvio pensar que estar exposto à natureza e seus componentes promove algumas mudanças em nosso cérebro. É isso aí mesmo que você leu. No cérebro. E os pesquisadores disseram que dá para medir essas mudanças.

Caminhar na natureza alegra a alma e beneficia o corpo!

Caminhar na natureza alegra a alma e beneficia o corpo!


Entre as mudanças que eles observaram, estão o aumento da habilidade de concentração, raciocínio mais claro e aumento da habilidade cognitiva. Olha só o pote de ouro aí.

A neurociência ambiental tem como foco entender como o ambiente no qual estamos inseridos afeta o funcionamento do nosso cérebro. Ahhh…. pensa então nos ambientes e nas pessoas. Quem só se enfia em ambiente ruim… adivinha?
Bem, os cientistas fizeram testes com algumas pessoas e concluíram que até o terceiro dia na natureza a pessoa pode ter um aumento de até 50% em sua criatividade. Depois disso, segundo eles, a coisa estabiliza. O resultado do contato dos participantes com a natureza eles chamaram de “restauração”. É que a natureza tem essa capacidade de limpar a gente, de deixar a alma em paz, de inundar nossa mente com belezas de todas as formas. Para alguns ela pode mostrar várias faces de Deus, para outros pode representar superação, conquistas. Nela achamos um pouco de nós e um muito do todo. Esse todo em que vivemos, esse todo que forma o mundo, as pessoas, esse todo de nós.

Não tem como negar mesmo. Fazer trilhas, dar um mergulho num poço de águas cristalinas, ver as quedas jogando as águas incessantemente, olhar as grandes pedras no topo das montanhas, um pôr do sol, uma alvorada, as ondas no mar… isso tem um impacto importante em nosso bem estar, em nosso estado emocional e reduz o nível de estresse que vamos somando em nosso dia a dia quase sempre tão pesado e cheio de muitas dificuldades.

A natureza provoca em nós sentimentos de paz, de alegria, de união. O resultado é: mais equilíbrio

A natureza provoca em nós sentimentos de paz, de alegria, de união. O resultado é: mais equilíbrio


O autor do artigo que li cunhou um termo chamado Eco-DRH (ou Eco-HRD), nada mais que Desenvolvimento Ecológico de Recursos Humanos. Esse conceito leva para o mundo corporativo mais essa “ferramenta” de desenvolvimento de colaboradores, onde o tempo na natureza reverte positivamente no trabalho do sujeito. Parece esquisito? Não é não. Se o cara fica mais esperto, mais inteligente, mais feliz na natureza e rende mais no trabalho, é claro que as empresas tendem a investir nisso. Quem não quer um funcionário cada vez mais competente (e pelo mesmo custo)?

O que me chama a atenção é que quanto mais tempo se passa na natureza, menos tempo se quer passar enfiado dentro de um escritório. Mas o que há de errado com o escritório, a empresa? Nada. Quero dizer, a princípio, nada. Mas já notei que quem experimenta seguidamente a liberdade da natureza começa, mais cedo ou mais tarde, a não gostar das amarras. Então o cara que faz trilhas é um insubordinado? Claro que não! Mas ele almeja ter paz, aquela mesma que a natureza transmite.

Será então que o conceito de que o contato com a natureza pode ajudar as empresas a formar funcionários mais competentes é, na verdade um tiro no pé para as empresas? Sei lá. Eu diria que todo contato com a natureza é válido mas tenho minhas dúvidas sobre quais as coisas em nossa vida que as empresas podem manipular. Nada contra o mundo corporativo. Estudei-o, estive imersa nele por muitos anos e quase afoguei-me. Felizmente estou viva. Andar pelas matas era minha terapia. Lá, onde só as borboletas me viam, onde só os pássaros falavam comigo é que eu buscava forças para encarar a dureza das semanas.

O ser humano é, naturalmente, um ser livre. A falta de liberdade faz dele um reflexo embaçado em espelho sujo e quebrado.

Não me refiro à falta de liberdade imposta por empresas somente. Mas especialmente àquela que nos auto-impomos. Quem trabalha em casa também pode sofrer de falta de liberdade. Quem tem um companheiro dominador, também. Enfim, as amarras são muitas, vindas dos mais diversos lugares. A natureza nos faz gostar menos dessas amarras e mais da liberdade de sermos o que queremos.

A interação ocasional com os animais livres, faz toda a diferença!

A interação ocasional com os animais livres, faz toda a diferença!


Mas é claro que há também quem não goste das trilhas, das águas das montanhas, dos banhos de mar. Afinal, somos todos seres diversos. Alguns temem insetos, animais peçonhentos, não gostam dos arranhões e muito menos da solidão da mata. Outros não têm atração pelo mar. Mas, embora algo no natural lhes desagrade, aposto que gostam de observar uma bonita paisagem, um pôr do sol de cores vibrantes e os animais que habitam o verde… a diferença está no fascínio que tudo isso exerce em cada um de nós. Não gostar do natural não é natural.
Estar longe do natural, para mim, também não é natural e essa pesquisa só confirmou minha certeza de que na mata, nas águas e nas belezas dessa nossa terra, eu estou sempre mais feliz, mais viva e agora sei, mais esperta! ;)

O artigo que li e que originou esse post é do site Hiking Research, que tem muitas informações interessantes sobre a capacidade da natureza em melhorar o desempenho das pessoas no trabalho (em inglês).

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Apaixonada por viagens, natureza, lugares lindos e interessantes e por fotografia. Viajei pouco até hoje, mas curti cada viagem e tirei delas o melhor que pude. Viajar e fotografia são paixões de infância! Criei esse blog para compartilhar minhas experiências durante minhas viagens e trilhas feitas com meu marido. Trocando informações, todo mundo se ajuda! :)

2 Comments

  • folli

    janeiro 28, 2014 at 11:58 am

    Olá Camila/Marcos
    … numa trilha nem tudo são flores e cachoeiras. dependendo do lugar, me preocupo com animais peçonhentos, quedas, insetos, etc. Não chega a ser uma neura que atrapalhe o passeio, é algo natural. Lembro bem na entrada da trilha da Serra de São Jose, em Tiradentes/MG (indicação sua em posts anteriores… TKS), a placa alertando sobre isso. Fizemos uma caminhada por toda a parte superior da serra, com densa vegetação rasteira, arbustos, muita rocha, calor, etc… lugar ideal pra jararacas, cascaveis, quedas, etc. Toda atenção!!. estariamos a pelo menos 5 horas de qualquer forma de socorro, e não tinha mais ninguem na trilha. Sei que as pessoas não gostam de falar sobre isso, mas é necessário. Então é claro que numa trilha a gente relaxa, se renova, e pra gente como nós não há lugar melhor no mundo, mas é aquela história: “um olho no gato, outro no peixe”… talvez por isso, de forma inconciente, nossos instintos venham a tona, nos integramos a natureza, retornamos as origens, e nos tornamos mais atentos, mais vivos, mais espertos como vc disse…abrços!!

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    • Camila Guerra

      janeiro 28, 2014 at 12:18 pm

      Oi Folli!
      Você tem toda razão! Natureza não é brincadeira e para quem anda no mato é essencial ter atenção, responsabilidade e muito cuidado. Um escorregão, um pulo mal medido ou até a mão no lugar errado podem trazer muita encrenca. Em nossas trilhas já topamos com cobras, aranhas, muitos insetos esquisitos. Eu já espetei o dedo em espinhos enormes numa árvore pois não prestei atenção onde colocava a mão de apoio. O sangue pingava e o nervoso de ver aquilo quase me fez despencar morro abaixo pois as pernas bambearam na hora. Já virei o pé num pulo esquisito no alto na montanha e já escorreguei em pedras com lodo em cachoeiras. Além do calor/frio que são ameaças sempre constantes. Enfim, os perigos são muitos e, além do cuidado sempre, é essencial caminhar acompanhado. Nunca me perdi, mas há muitos casos assim.
      Obrigada pela lembrança e pela dica. As flores existem, mas os espinhos também. ;)
      []’s

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