Durante nossa viagem a Portugal entre maio e junho de 2018, visitamos duas pequenas aldeias encantadoras que, estacionadas no tempo, preservaram o aspecto e a aura da gente antiga que as habitava. Talasnal e Casal Novo ficam localizadas nas montanhas da linda região da Serra da Lousã.
Abandonadas por longos anos, as ruínas das aldeias de xisto estão sendo revitalizadas e trabalhadas pelo governo português com o intuito de levar o turismo até elas e incluí-las nos roteiros históricos do país. Por conta desse projeto, as aldeias recebem eventos culturais, gastronômicos e ecológicos dos mais diversos.
No total são 27 aldeias espalhadas por quatro grupos na região central de Portugal, entre Coimbra e Castelo Branco: Serra do Açor (5), Zêzere (6), Tejo-Ocreza (4) e Serra da Lousã (12).
Xisto são pedras que, aqui no Brasil, chamamos de ardósia, e que nessas aldeias foram usadas em seu estado bruto para construção das casas e becos das vilas.
Em um dia de chuva, partimos de Nazaré (a cidade das ondas gigantes) com nosso carro alugado e subimos a serra, que está toda impecavelmente asfaltada. O caminho sobe bastante pela montanha e é bem sinuoso, com alguns trechos bastante estreitos, mas a beleza da região encanta, tornando a estrada uma parte muito bacana do passeio.
Nossa visita aconteceu em um feriado, mas ambas as aldeias estavam vazias e os únicos visitantes da manhã éramos nós e mais alguns poucos portugueses.
Paramos primeiro em Casal Novo, a menor das duas, e descemos as escadinhas para algumas fotos.
Não há nada em Casal Novo, apenas a beleza solitária das casinhas de pedra e das montanhas que as cercam. Talvez por isso mesmo ela seja tão interessante. Não há muito espaço para estacionar por aqui, então recomendo chegar cedo.
Seguimos viagem e, logo em frente, chegamos a Talasnal. Nela há mais espaço para carros, mas também não há muito. Chegar cedo continua sendo uma boa.
Apesar da chuva, não desanimamos. Exploramos os pequenos corredores, apreciamos a paisagem montanhosa, paramos para um sanduíche no restaurante da Ti Lena. Sim, há um restaurante e também algumas pousadas em Talasnal, mas se pretende almoçar ou se hospedar por ali, precisa reservar com antecedência.
Cansados de subir e descer escadinhas, paramos no restaurante para comer um sanduíche, já que não havíamos feito reserva para o almoço. O espaço é pequeno e bastante aconchegante.
Por sua beleza natural, a região é muito frequentada por pessoas de todas as idades que gostam de fazer caminhadas curtas ou longas.
Além do restaurante e das pousadas, em Talasnal há também um centro de informações e uma fonte d’água para os peregrinos sedentos.
Vá com calma e tempo para poder explorar todos os cantinhos dessas lindas aldeias e, se tiver sorte, observar algumas espécies de animais das matas ao redor como veados, corços e javalis.
Se puder dispor de um tempo maior, pode considerar um roteiro exclusivo para visitar outras aldeias formando um circuito.
As pedras são bastante escorregadias, portanto, tenha muito cuidado, especialmente se estiver chovendo.
Não se paga nada para entrar e é muito fácil chegar nessas duas aldeias seguindo o Google Maps. Nosso chip da Vodafone, comprado em Lisboa, também funcionou perfeitamente por lá e em nenhum momento perdemos o acesso à internet enquanto visitávamos a região.
Depois do nosso lanche a chuva apertou muito e decidimos descer a serra. Ainda tínhamos que entregar o carro em Coimbra e seguir viagem até Guimarães. Mas essa parte da viagem eu conto em um outro post.
Outros artigos sobre Portugal:
– Vila medieval de Óbidos
– Caves de vinho do Porto em Vila Nova de Gaia
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agosto 9, 2019 at 12:10 amPingback:
agosto 8, 2019 at 11:13 pm